segunda-feira, 4 de junho de 2012

Rio das Ostras... tudo de bom!









Por trás dos belos contornos das montanhas e serras mineiras, a amplidão azul esverdeada do oceano Atlântico nos espera.





O mar, esse deslumbrante convite da natureza à contemplação, mantém o ritmo cadenciado das espumantes ondas que quebram na praia, enquanto a história de
Rio das Ostras se escreve.
 
A pesca foi a principal atividade econômica até meados do século 19,  quando foi construída a rodovia Amaral Peixoto,
principal corredor de acesso à bela região dos lagos.
Na companhia do pecador Denilson da Conceição
seguimos mar afora para conhecer
as transformações ocorridas nestes últimos anos
em Rio das Ostras.

No caminho, uma tartaruga em apuros.
Uma ajudazinha nossa e o bicho seguiu seu destino, enquanto retomamos nossa rota rumo às belas praias dessa cidade colorida.
O verde oliva das matas, do azul anil do céu e do azul esverdeado do mar são cores que o pescador conhece bem,
pois não é de hoje que ele tira do mar o sustento da família.  


Assim como ele, a maior parte da população local também sobrevive graças ao misterioso e rico oceano. Quer seja por meio do turismo sustentável, quer seja das profundezas de suas bases petrolíferas, revertidas em royalties, ou ainda, na forma mais original mesmo, a pesca.
Entre tantas colônias de pescadores da região, instalada em um vilarejo a beira mar, o distrito da cidade de Casimiro de Abreu se tornou cidade depois do plebiscito de 24 de novembro de 1991, quando ocorreu a primeira eleição municipal.
Em 10 de abril de 1992 o Diário Oficial da União publicou a criação do município de Rio das Ostras.
Com o peso dos anos, outro pescador, que tem paixão pelo mar até no nome, trocou o leme do barco por outra habilidade. É debaixo da copa de uma das grandes castanheiras a beira mar que 'seo' Manuel passa horas a fio tecendo redes e tarrafas.



Na sua rotina diária, encontramos
'seo' Manuel Mar Villa, um dos mais antigos pescadores da cidade. 
Hoje diz que tem tempo de sobra para um dedinho de prosa... e histórias de pescador, daquelas que todo mundo já sabe ser difícil acreditar.



As belezas naturais, a diversidade cultural e turística de Rio das Ostras estão no curso do desenvolvimento auto-sustentável e mantem uma das características originais da fundação do município: ainda hoje é a população quem decide, por meio do orçamento participativo, os rumos que a cidade deve tomar. Assim, projetos ganham notoriedade e encantam turistas do mundo todo. E a boa infraestrutura hoteleira, em franca expansão, é uma prova de que os projetos de crescimento de Rio das Ostras estão mesmo no rumo certo.
Pousadas a beira mar, hotéis como o luxo característico dos grandes resorts...











...e até o charme de um casarão colonial transformado em hotel fazenda.
Alguns exemplos das acomodações oferecidas  para quem visita Rio das Ostras.



Certo é que não importa de onde se venha, ou para onde se venha, Rio das Ostras é dona de uma paisagem exuberante estendida em mais de 230 quilômetros quadrados. Uma cidade encantadora.




 




E por falar nisso, o acesso à cidade, distante cerca de 170 km do Rio de Janeiro, ainda hoje é feito pela rodovia Amaral Peixoto.


A bela e diversificada paisagem é composta de praias, Ilhas, lagoas e uma bem preservada faixa da mata atlântica, restingas, manguezais...
Como se não bastasse a diversidade natural, Rio das Ostras apresenta um arrojado projetos arquitetônico, e é considerado hoje um dos melhores destinos turísticos da região dos lagos. Com um crescimento populacional da ordem de 9% ao ano, que agora o desafio de manter o equilíbrio entre o desenvolvimento e a própria identidade, arraigada nas características originais da fundação do município.




Da decisão popular, projetos ganham notoriedade como o projeto urbanístico da Lagoa de Iriri. A infra-estrutura do complexo, no entorno da lagoa, ganhou áreas de lazer, calçadão, ciclovia, quiosques e anfiteatro. Mas o destaque mesmo ainda está por conta da natureza.
A recuperação e preservação das matas de restinga e dos manguezais restabeleceram as potencialidades turísticas do lugar. Do alto do mirante a gente tem a medida exata da importância de se integrar projetos paisagísticos às belezas naturais. Como também é o caso da reurbanização da praia da Costazul.


O belo trecho de praia, de cerca de um quilômetro de extensão, ganhou uma nova identidade urbana, onde ficou evidenciado o moderno projeto de urbanização litorânea. 
Com quiosques em forma de estrelas, calçadão revestido de cerâmica especial, sem contar a beleza da praça da baleia.


De acordo com os engenheiros urbanistas, todo o projeto está intimamente associado à concentração de muita gente em um espaço restrito e "foi concebido a partir da inspiração nos elementos marinhos e edificado com materiais ecologicamente corretos".

Nas belezas naturais e da diversidade cultural estão os fortes atrativos turísticos que hoje colocam Rio das Ostras no curso do desenvolvimento auto-sustentável.
Um complexo hospitalar com boa infra-estrutura também garante tranqüilidade para quem vive e visita a cidade. Aliás, a integração dos moradores com os turistas nas práticas esportivas é um paralelo positivo para a boa receptividade dos visitantes.
E quando o assunto é cultura, são muitas as atrações. A vida noturna inclui, além de uma boa rede de bares e restaurantes, uma feira de arte e artesanato. Eventos alternativos como o encontro nacional de motociclistas, concertos eruditos, teatros e feiras de negócios são outras opções no calendário anual da cidade.
E não para por aí...
A beleza ímpar da cidade, rica em biodiversidade, transformou a região em um pólo ambiental de valor inestimável.
Preocupada em proteger e preservar o meio ambiente a cidade criou um sistema nacional de áreas de conservação. Entre elas, a Lagoa de Iriri, a área de Itapebussus, os Costões Rochosos e o Parque dos Pássaros.
E o que é mais importante: todas essas unidades são acessíveis ao turista.
Quem passear por lá, não pode deixar de conhecer também o Parque Municipal, com seus quase 320 mil metros quadrados de área. A magia do local, com fragmentos da Mata Atlântica, pode ser traduzida em beleza e simplicidade onde estão aves além de um viveiro para tartarugas e jabutis. E os bichinhos domésticos, como coelhos e galinhas dividem a atenção dos turistas que se encantam ainda pelo viveiro de mudas ornamentais para reflorestamento. Lá também tem um paredão rochoso de mais de 20 metros de altura que pode ser utilizado para a pratica de esportes radicais, desde que agendado com antecedência. No local também existem trilhas e passeios guiados dentro da mata, que também precisam ser agendados. Contudo, ainda que seja só para conhecer a tranquilidade e beleza do lugar, o passeio até o parque municipal de Rio das Ostras já vale muito.
Quem ajuda a fiscalizar, cuidar e preservar toda essa riqueza ecológica é a Guarda Municipal. Quer seja na figura sempre atenta dos salva-vidas; na atenção e controle do tráfego; ou ainda no troller que percorre trilhas e matas fiscalizando, monitorando e protegendo as áreas verdes. Ah, lá também tem uma guarda municipal embarcada, que de lancha, nos levou até as reservas litorâneas e ilhas...

Uma oportunidade ímpar de conhecer bem de pertinho a bela Ilha do Costa. Um santuário onde os turistas podem passar o dia pescando, tomando sol ou apreciando a movimentação dos pássaros no ritmo cadenciado e contínuo das ondas quebrando nas rochas. Um lugar realmente inesquecível. Se couber alguma comparação das belezas da Ilha da Costa, só mesmo com as belas praias virgens de uma outra unidade de conservação, Itapebussus. De propriedade particular, o acesso ao local só é possível a pé, pela praia ou de algum tipo de embarcação. Qualquer que seja alternativa, vale a pena conhecer. O mar é de um azul esverdeado estonteante. A mata de restinga preservada avança sobre a praia com suas flores singelas e a lagoa de água salobra, escura e quente, constituem um cenário que garante belos cartões postais. Tudo isso eu vi quando fui a Rio das Ostras! E como se diz por lá: “Rio das Ostras é tudo de bom, difícil não se apaixonar!” Então, a gente volta...
Afinal, todo mundo sempre acaba voltando para uma grande paixão!
(Fotos pessoais e reproduzidas a partir das imagens dos cinegrafistas Ricardo Rocha e Rodrigo Alexandrino